O contrato muitas vezes não recebe a importância devida por proprietários ou construtores na execução de uma obra. Este é o instrumento legal que estabelece e firma as diretrizes de um acordo entre o construtor e o cliente. Qualquer problema futuro fica com sua resolução dificultada – ou até inviável – quando o tema em questão não está formalizado e explanado adequadamente por meio de contrato. Em todos os casos, o contrato deve ser o mais detalhado possível, entre as cláusulas essenciais podemos citar: dados de ambas as partes, escopo detalhado de serviços, valor, forma de pagamento, prazo, multa, rescisão e garantia.

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A entrega das chaves é um momento muito aguardado por todos os proprietários de imóveis em construção ou reforma, porém ainda surgem muitas dúvidas em relação a prazos de garantia. Conforme consta no artigo 618 do Código Civil, o executor da obra responde durante o prazo de 5 anos pela solidez e segurança da obra, a contar da conclusão da mesma. Ocorre que numa obra civil acontecem diversos serviços de diferentes naturezas, fugindo ao aspecto estrutural e envolvendo outras categorias, como pintura e instalações, por exemplo. Para servir como parâmetro, surgiu a Norma de Desempenho (NBR 15575/2013) para solucionar – dentre inúmeros aspectos relacionados a qualidade – os questionamentos em relação aos prazos específicos de cada serviço, tratando também de orientações aos proprietários quanto a utilização e manutenção.
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Garantia não é opcional, é um item obrigatório que deve ser ratificado no contrato de prestação de serviços de qualquer construção ou reforma.

Estudos recentes comprovam que as perdas de materiais na construção civil chegam a 8%, e as perdas financeiras totais, incluindo custos relativos a retrabalhos de serviços resultam em aproximadamente 30%. Por isso, a máxima difundida de que “a cada 3 prédios, 1 é desperdiçado” ainda está próximo da realidade e deixada de lado por grande parte dos executores. O conceito de desperdício vai muito além dos entulhos dispostos em caçambas, incluindo o consumo exagerado de materiais e fretes adicionais, por exemplo.

Podemos classificá-los em 4 grandes tipos: desperdício de materiais, de mão de obra, de equipamentos e perdas financeiras indiretas. Entre as causas de maior impacto, podemos citar a contratação de mão de obra desqualificada, ociosidade, baixa produtividade, dimensionamento equivocado de materiais, especificações erradas, falta de logística e armamento adequado de materiais.

O combate ao desperdício acontece basicamente com 2 princípios: planejamento e acompanhamento técnico especializado. O custo com a contratação de engenheiros representa valor médio inferior aos prejuízos diretos e indiretos causados pela ausência destes serviços.